A SiEM chega em sua quarta edição buscando sempre ampliar a comunicação da organização com seus delegados.
Esse blog, assim como todos os blogs dos outros comitês, está aqui para isso. É por aqui que os diretores do comitê do
Tribunal Penal Internacional para Ruanda se comunicarão com seus delegados de forma rápida e dinâmica. Aqui poderá ser publicado todo tipo de material referente ao modelo: textos, bibliografia, vídeos, comentários, links de todo tipo e, por que não, eventuais dicas do que ocorrerá dentro do comitê.
Todos sabemos da importância de organismos internacionais como o Tribunal Penal Internacional. Sua versão voltada para os massacres de Ruanda marcam mais uma página na história dos julgamentos internacionais. Houve vários outros pelos anos, de Nuremberg até o TPI para a Ex-Yugoslávia.
O Tribunal simulado aparentemente fez justiça. O genocídio ruandês não pode ser esquecido por sua barbárie e completo abandono por parte dos países mais ricos. Todos sabem que muitas das mortes poderiam ter sido evitadas se algumas tropas fossem enviadas a Kigali para reforçar os efetivos da ONU. Apesar do apelo internacional, nada ocorreu. Como o general canadense Roméo Dallaire repete sempre, ninguém se lembrou de Ruanda.
O povo ruandês foi vítima não só de tribos rivais, mas de toda a comunidade internacional que assistiu a tudo de braços cruzados.
No entanto, reconhecer os crimes ocorridos no país africano não pode significar acreditar que a justiça foi realmente feita. As denúncias contra os procedimentos do TPIR são várias, e é com isso que os delegados e diretores devem se preocupar. Não se pode esquecer que os crimes devem ser punidos, mas não se pode também achar que os maiores genocidas não merecem um julgamento justo. Trata-se de um comitê complexo. Os interesses externos ao tribunal exerceram influência no resultado final, e trabalhar com essa variável é algo desafiador.
Estamos certos de que será um sucesso.
Bem-vindos à SiEM 2009.